As células-tronco prometem ser parte de novas terapêuticas para o tratamento de doenças num futuro próximo. Estas células são capazes não só de se diferenciarem como também de se auto renovarem, pelo que apresentam um grande potencial médico. A investigação de células-tronco para o desenvolvimento de terapêuticas tem sido levada a cabo há algumas décadas. O objetivo destes estudos é desenvolver tratamentos paliativos e curativos para doenças que são muito frequentes nos seres humanos, como por exemplo as doenças neurodegenerativas, a Diabetes, a Osteoporose, assim como as doenças coronárias, entre outros.
Como mencionado anteriormente, as células-tronco têm como característica particular a sua capacidade de auto-renovação. Isto quer dizer que, ao sofrer a mitose celular, dividem-se células com a possibilidade de se diferenciarem para alguma função específica de um tipo de tecido em particular. Dependendo da classe de célula-tronco que se está a investigar, podem-se obter os benefícios dos processos de renovação para usar em terapias médicas por um curto período de tempo, ou pode ser um processo mais duradouro. Por outro lado, a capacidade de diferenciação também varia de um tipo de célula-tronco para outra.
Para os investigadores é de vital importância conhecer o tipo de células com que se trabalha, para o desenvolvimento de uma terapêutica. Se o objetivo for que as células-tronco se possam diferenciar em qualquer tipo de tecido, é necessário células totipotentes (como o zigoto) ou pluripotentes, como por exemplo as células-tronco embrionárias. Se pelo contrário apenas é necessário que as células se dividam em outras da mesma linhagem embrionária é suficiente usar células multipotentes e unipotentes.
Entre os diferentes tecidos a partir dos quais se pode obter células-tronco, as obtidas a partir de tecido adiposo (denominadas células-tronco adipócitas) representam uma fonte acessível e abundante de células pluripotentes. As células-tronco adipócitas podem diferenciar-se em linhagens de células adipogénicas, miogénicas, angiogénicas e neurogénicas, se se mantiverem nas condições de cultivo apropriadas. Baseando nestas características, levam-se a cabo diversas investigações para o desenvolvimento de terapêuticas de transplante com células-tronco adipócitas. Para além das terapêuticas de transplante, têm-se realizado estudos para o uso destas células-tronco no tratamento de patologias, dado os estudos preliminares terem demonstrado que o uso destas células tem efeitos anti-inflamatórios, anti-apoptóticos, angiogénicos, ajudam na cicatrização de feridas e também se realizaram estudos para a eliminação de rugas.
A transcrição de genes nos mamíferos pode ser regulada mediante a inibição das histonas deacetilases (HDAC), dado estas serem capazes de inibir a transcrição do ADN. Nas culturas de células-tronco, as HDAC são utilizadas para manter as células-tronco embrionárias ou com pluripotencialidade induzida num estado não diferenciado. As histonas deacetilases também podem influenciar o desenvolvimento e a regulação das células T, através da modificação da actividade do factor de transcrição FOXP3. A empresa Wako vende diversos reagentes de laboratório que podem inibir as HDAC. Entre estes produtos, destacam-se o Tricostatin A que pode inibir de forma reversível e muito potente as HDAC de classe I e II, assim como o seu homólogo estrutural, o M344. Como inibidores das HDAC de classe III podem-se utilizar o Sirtinol e a Splitomicina.
Com o desenvolvimento de terapêuticas baseadas nas células-tronco pretende-se tratar muitos tipos de doenças entre as quais as doenças auto-imunes, do sistema digestivo, neurológicas, doenças do sangue e distúrbios genéticos. Também algumas doenças causadas por vírus e que poderiam ser revertidas mediante o uso de células-tronco.
Wako também põe à disposição dos investigadores a série de productos StemSure, com meios de cultura (por exemplo o meio que pode ser usado com células pluripotentes de humanos hPSC Medium Δ e o StemSure D-MEM) e outros reagentes como o mercaptoetanol e o monotioglicerol, cuja qualidade permite a sua utilização na cultura de células-tronco.
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4) Salgado AJ, Reis RL, Sousa NJ, Gimble JM., Current stem cell research & therapy. 2010;5(2):103–10.
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