Tradicionalmente, as reações químicas em laboratório são realizadas em etapas sequenciais, trabalhando em lotes e, por vezes, mediando etapas de purificação. Buscando economizar tempo e recursos, diferentes alternativas foram desenvolvidas, como técnicas de one-pot ou tandem (síntese em cascata). A química do fluxo, que é mais utilizada no nível industrial, também se tornou uma alternativa atraente em nível laboratorial.
A química do fluxo refere-se a reações químicas nas quais o reagente é dissolvido em um líquido ou gás que se move com um certo fluxo através de um sistema. Ao chegar a um reator, ele é misturado com outro reagente realizando uma reação química e obtendo o produto que continuará a fluir no mesmo solvente.
O sistema necessário para realizar essas reações pode ser entendido como um tubo longo através do qual as substâncias irão fluir. Diferentes módulos com funções específicas estão conectados a ele: o reagente e o injetor de solvente, o misturador, um reator que fornece as condições de reação necessárias, um sistema de desativação de reação e controles de vazão, temperatura, pressão, etc. Módulos de análise e purificação também podem ser acoplados. A versatilidade da técnica reside na possibilidade de interconexão entre os módulos, podendo montar sequências com múltiplas etapas de reação.
No caso do laboratório de pesquisa, a implementação de reações de fluxo tem diferentes vantagens:
Na Fujifilm Wako oferecemos catalisadores sólidos otimizados para uso em sistemas de fluxo, tais como:
Esferas de Pd/C, (Pd 5%) (169-28861). Consiste em microesferas de carbono ativado com paládio, para uso em reações de hidrogenação.
Rh-Pt/ (DMPSi-Al2O3) (186-03451). As nanopartículas de ródio e platina estão imobilizadas em um suporte de dimetilpolisilano e alumina, permitindo reações de hidrogenação de anéis aromáticos em condições leves.
PAFR-II (162-28971). Catalisador imobilizado no qual a função do ácido sulfônico permite realizar várias reações de esterificação com altos rendimentos.
Apesar de todas as suas vantagens, existem várias dificuldades e limitações para adaptar essa técnica em um laboratório de pesquisa:
Guidi, M., Seeberger, P. H., & Gilmore, K. (2020). How to approach flow chemistry. Chemical Society Reviews, 49(24), 8910-8932.
Plutschack, M. B., Pieber, B., Gilmore, K., & Seeberger, P. H. (2017). The hitchhiker’s guide to flow chemistry∥. Chemical reviews, 117(18), 11796-11893.