Reagentes úteis para pesquisar as causas e possíveis tratamentos da obesidade

Reagentes úteis para pesquisar as causas e possíveis tratamentos da obesidadeNas últimas décadas houve um aumento de pessoas que sofrem de obesidade devido ao estilo de vida, principalmente entre aquelas pessoas que vivem em sociedade onde predomina o estilo da chamada cultura ocidental. Entende-se por obesidade o acúmulo de gordura em forma de tecido adiposo em algumas partes do corpo humano propensas a isso, pelo desajuste que se produz entre a ingestão de calorias e o gasto energético do organismo. Esta doença possui diversas causas, e a mais popular é a ingestão de quantidades excessivas de alimentos muito calóricos, mas também existem fatores genéticos ou distúrbios endócrinos e neurológicos que causam obesidade, entre outras condições que podem facilitar o aumento da quantidade de gordura corporal, como levar uma vida sedentária.

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Diversas doenças, como aquelas produzidas por desequilíbrios hormonais, estão associadas à obesidade em idade precoce. Sofrer de obesidade leva às pessoas a terem um maior risco de sofrerem de doenças cardiovasculares, problemas ortopédicos ou distúrbios metabólicos. As pesquisas apontam para a prevenção da obesidade desde o nascimento, por exemplo, com a prática do aleitamento materno, ou mesmo antes, com a mãe sendo a primeira que deve cuidar de seus hábitos alimentares e práticas prejudicais, como o hábito de fumar durante a gravidez.

Pelo alto predomínio da obesidade e todas as consequências que isso traz para os indivíduos e para a sociedade em geral, muitas pesquisas são realizadas para sua prevenção e para o desenvolvimento de medicamentos para seu tratamento.

1. Leptina recombinante de rato

A leptina é o chamado hormônio da saciedade, pois juntamente com outras substâncias, como a serotonina, regula a quantidade que uma pessoa deve comer para se sentir saciado. Este hormônio é secretado principalmente pelas células que formam o tecido adiposo, onde se acumula a gordura causadora da obesidade e a relação entre os níveis desta molécula e as causas da obesidade foi estudada. Embora os níveis de leptina sejam mais elevados nos indivíduos obesos, foram feitos estudos sobre a relação da concentração de leptina no plasma com outras doenças, como o diabetes e a fibrose hepática. É uma substância utilizada em pesquisas da obesidade e de outras doenças.

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2. Kit de leptina de rato

Este kit de leptina de rato com formato sanduíche inclui dois anticorpos que permitem a medição da leptina proveniente de rato. Um anticorpo específico para leptina de rato e um anticorpo de coelho encarregado de formar o complexo do antígeno correspondente que torna possível a medição de um sinal proporcional à quantidade de leptina presente na amostra.

3. Orexina-A humana

Este peptídeo tem sido estudado por sua capacidade de aumentar o apetite, comprovando-se que é um dos reguladores do estado de vigília e sono nos mamíferos. Altas concentrações de orexina promovem o estado de vigília e como consequência existe uma demanda energética maior, assim se aumenta a ingestão calórica. A administração de orexina A promove a realização de exercício físico por parte dos roedores, e os mecanismos no nível do hipotálamo que provocam esta reação ainda estão sendo estudados. Portanto, a orexina A é uma das moléculas visadas em pesquisas sobre a prevenção e tratamento da obesidade. Nestes estudos, as consequências da obesidade são analisadas na plasticidade neuronal, que pode ocasionar uma diminuição da síntese de orexina ou mudanças nos receptores das mesmas, para compreender realmente o papel deste neuropeptídeo na obesidade e a resistência ao desenvolvimento desta doença.

A Wako também comercializa a orexina-B humana e de rato, que embora seja utilizada em pesquisas sobre a obesidade, se considera que não tem um papel tão importante como a orexina A.

4. beta-Endorfina humana

A beta-endorfina é um dos peptídeos da família dos opióides, e que se encontra em níveis acima dos considerados normais nas pessoas obesas, daí sua importância nas pesquisas que se desenvolvem sobre esta doença. Como os outros peptídeos opióides, a beta endorfina endógena participa nos processos metabólicos relacionados com o armazenamento de energia e está ligada aos distúrbios que podem aparecer no sistema imune, além de atuar como neurotransmissor. Esta substância se deriva do polipeptídeo pro-opiomelanocortina, que ao ser desdobrado em vários lugares da cadeia origina todos os peptídeos desta família. Diversos problemas genéticos podem trazer alterações nos neurônios encarregados de produzir a pro-opiomelanocortina e estes se relacionam com a quantidade de endorfina encontrada na glândula pituitária e no plasma sanguíneo.

5. Neuromedina S [NMS] (Humana)

O peptídeo neuromedina S é um análogo estrutural da neuromedina U. Na verdade, são conhecidos como neuromedina U os peptídeos de comprimento de cadeia diferente que conservam uma série de aminoácidos que se mantiveram inalterados nos vertebrados em toda a cadeia evolutiva e que têm nos invertebrados uma estrutura similar conhecida como piroquinina. Sabe-se que o peptídeo neuromedina U participa da homeostase energética, produzindo uma redução no consumo de alimentos em ratos, além de que em humanos foram encontradas mutações nos receptores deste peptídeo que provocam obesidade. Também comprovou-se que a neuromedina S é um supressor da ingestão de alimentos e atua também como regulador do ritmo circadiano.

6. Obestatina humana

A obestatina é, juntamente com a grelina, um hormônio que age como sinalizador do apetite. A proporção que se encontram estas duas moléculas no trato gastrointestinal e no plasma sanguíneo não apresenta valores normais em pessoas obesas. Imagina-se que obestatina age como antagonista da grelina acetilada, que é a encarregada de enviar o sinal ao cérebro para que se ingira comida. Por esta razão tenta se utilizar as propriedades desta molécula em medicina para pacientes com mutações nos receptores de grelina e outros defeitos que provoquem a perda do equilíbrio entre as calorias ingeridas e a energia que o organismo precisa.

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REAGENTES PARA LABORATÓRIOS CLÍNICOS

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