A cromatografia líquida é uma técnica usada para separar compostos químicos mediante o uso de um suporte sólido onde se impregna a amostra, conhecido como fase estacionária, e que é diluído com um dissolvente líquido, denominado fase móvel. Existem diversas situações nas quais se pode aplicar esta técnica: A cromatografia de papel, quando a fase estacionária é um papel; a cromatografia de capa fina, conhecida como TLC devido às suas siglas em inglês (Thin Layer Chromatography), na qual a fase estacionária é fixada sobre uma placa metálica ou de vidro e posteriormente diluída com um dissolvente apropriado; e a cromatografia de coluna. A cromatografia de coluna, por sua vez, pode ser realizada sob diferentes condições e é um dos métodos mais utilizados pelos investigadores nas separações de compostos químicos.
A cromatografia de coluna pode ser levada a cabo sob pressão atmosférica ou com pressões mais altas, situações nas quais se utiliza uma fase estacionária com tamanho de partícula muito pequeno, daí a necessidade de aplicar uma determinada pressão para que o diluente passe a uma velocidade adequada pela fase estacionária. Dependendo do tipo de sílica usada na coluna e das necessidades do investigador, pode-se aplicar uma pressão moderada usando uma bomba de vácuo, método denominado cromatografia flash, ou a uma pressão ainda maior. Esta última técnica é a conhecida popularmente por HPLC, do nome em inglês "High Performance Liquid Chromatography” ou cromatografia de alta pressão, que se trata de cromatografia líquida de alta resolução, pois quanto menor o tamanho de partícula na fase estacionária, maior separação dos componentes de uma amostra se obtém. Também as cromatografias são classificadas segundo o tipo de interacção que exista entre a fase estacionária e os analitos, tendo assim:
A cromatografia de base inversa é muito útil quando é necessário purificar um composto de polaridade elevada, dado conseguir-se dissolvê-lo com um melhor rendimento e maior pureza do que caso seja usada a cromatrografia de fase normal, pois na maioria dos casos o que faz é reter o composto no suporte e dificultar a sua separação ou purificação. Ao ser um método menos utilizado, em muitas ocasiões é difícil para os investigadores encontrar os materiais adequados para realizar cromatografias líquidas de fase inversa. Para esse efeito Wako possui a linha de produtos Wakogel® que iremos comentar de seguida. Esta linha de produtos é constituída por vários tipos de sílica activadas com agentes sililantes hidrofóbicos para que possam ser utilizadas como fase estacionária em cromatografias de fase inversa.
Os produtos da Série Wakogel® B são géis de sílice para estender sobre as placas de TLC, caracterizados por conter o radical octadecilo unido à sílica.
A série Wakogel® LP é chamada desta forma por se tratar de sílicas apropriadas para colunas de baixa pressão (LP: low pressure), estes produtos contêm partículas que vão desde os 10 até aos 60μm.
A série Wakogel® C é formada por sílicas com um maior leque de tamanho de partículas desde os 5 até aos 425μm e são aptas para serem utilizadas em colunas abertas, de baixa pressão e em cromatografia flash. Para esta última técnica estão disponíveis também as sílicas da série Wakogel® FC, específicas para ser utilizadas neste tipo de colunas e onde se destaca a Wakogel® FC-40FM, que contém uma mistura de moléculas fluorescentes.
Por outro lado a série Wakogel® C18 caracteriza-se por conter partículas unidas a cadeias de 18 carbonos que podem ser activadas posteriormente com ácidos, aminas ou outras substâncias, conforme seja preciso para uma boa separação dos analitos. Estas silices também são aptas para cromatografia flash.
A série Wakogel® Q é desenhada para separar, analisar e purificar os produtos petroquímicos. Estas são algumas das muitas sílicas que os investigadores podem encontrar nos catálogos da empresa Wako.
Contacte-nos caso esteja interessado em alguns dos reagentes de laboratório de química mencionado neste artigo.
1) K. Helrich (Editor). Official Methods of the Association of Official Analytical Chemistry (AOAC Official Methods of Analysis), 15 th. Ed., Vol. 2, (1990).
2) Dong, M.W., Modern HPLC for Practicing Scientists. John Wiley and Sons, New York, 2006.
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