Reagentes para a deteção através da fluorescência

Reagentes para a deteção através da fluorescênciaA fluorescência é um fenômeno físico o qual uma molécula emite luz quantizada como resultado da excitação dos seus elétrons a um estado de maior energia. Determinadas moléculas podem absorver luz de um comprimento de onda específico para depois emiti-la a um comprimento de onda diferente, e que é geralmente maior. Estas moléculas são chamadas de fluorocromos.

A bioluminescência é um fenômeno semelhante à fluorescência, em que organismos vivos fornecem energia de excitação para sua molécula fluorescente por meio de uma reação catalisada enzimaticamente.

Os comprimentos de onda da emissão dependem das características químicas das moléculas fluorescentes, podendo assim observar cores diferentes para as mesmas. Os fluorocromos podem se ligar por métodos químicos a outras moléculas para funcionar como repórteres. A ligação de um fluorocromo a anticorpos específicos é também utilizada, permitindo assim o reconhecimento de macromoléculas em culturas de células e em amostras de tecidos. 

Finalmente, o grande desenvolvimento da biologia molecular possibilita a introdução de um gene que codifica uma proteína fluorescente em células específicas. Isso nos permite estudar as condições em que a expressão de certos genes é ativada, fornecendo informações sobre a dinâmica celular nos tecidos de interesse.

Na FUJIFILM Wako temos reagentes fluorescentes de excelente qualidade que se adequam às suas necessidades de pesquisa.

Aka Lumine, n-Cloridrato (012-26701 / 018-26703)

As luciferinas são moléculas que geram bioluminescência quando oxidadas pela enzima luciferase. Na prática laboratorial, a luciferina exibe baixa permeabilidade nos tecidos. O análogo sintético n-Cloridrato de Aka Lumine tem uma melhor penetração em quase todos os tecidos animais, incluindo pulmões e cérebro. Ao emitir luminescência entre 670-680 nm, minimiza a interferência da hemoglobina e da água, permitindo seu uso efetivo para a imagenologia in vivo.

A imagenologia bioluminescente é muito útil para monitorar a expressão de certos genes e células marcadas em condições padrão e patológicas. Por exemplo, animais bioluminescentes transgênicos são usados em pesquisas metabólicas e em modelos de câncer.

pTurboFP635-N (Evrogen, FP722)

Graças à nossa parceria com a Evrogen, temos o vetor de células de mamíferos que expressa a proteína TurboFP635, que fluoresce no vermelho extremo (comprimento de onda de excitação=588 nm, emissão=635 nm). O vector permite tanto a expressão de proteínas de fusão ligadas à extremidade do terminal N da proteína TurboFP635, como da proteína fluorescente apenas.

A proteína tem um tempo de maturação curto, e é possível observar fluorescência 10-12 horas após a transfecção das células, sem ser observada citotoxicidade. O seu comprimento de onda de emissão a torna especialmente útil para ensaios de marcação de várias cores, pois não apresenta interferência com outras moléculas fluorescentes azuis, verdes, amarelas ou laranjas.

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 rBC2LCN-FITC

As lectinas são proteínas que se ligam a carboidratos com alta especificidade e participam dos fenômenos de reconhecimento celular. rBC2LCN é uma lectina recombinante que se liga com alta afinidade a um conjunto de glicanas do tipo mucina presentes na proteína podocalixina. A podocalixina está localizada na superfície de células-tronco embrionárias humanas e em células pluripotentes induzidas. Portanto, funciona como um marcador para as ditas células indiferenciadas.

Na FUJIFILM Wako, temos a lectina rBC2LCN ligada a diferentes fluorocromos. O FITC (isotiocianato de fluoresceína) tem um comprimento de onda de emissão de 520 nm. rBC2LCN-FITC pode ser adicionado diretamente ao meio de cultura celular, sem apresentar citotoxicidade, para uso em coloração celular ou para citometria de fluxo.

Bibliografia:

  1. Iwano, S., Sugiyama, M., Hama, H., Watakabe, A., Hasegawa, N., Kuchimaru, T. & Shimozono, S. (2018). Single-cell bioluminescence imaging of deep tissue in freely moving animals. Science, 359(6378), 935-939.
  2. Mezzanotte, L., van‘t Root, M., Karatas, H., Goun, E. A., & Löwik, C. W. (2017). In vivo molecular bioluminescence imaging: new tools and applications. Trends in biotechnology, 35(7), 640-652.
  3. Onuma, Y., Tateno, H., Hirabayashi, J., Ito, Y., & Asashima, M. (2013). rBC2LCN, a new probe for live cell imaging of human pluripotent stem cells. Biochemical and biophysical research communications, 431(3), 524-529