São muito variadas as substâncias extraídas de plantas que foram estudadas pela sua possível aplicação na medicina. Desde há várias décadas que os investigadores extraem compostos provenientes de plantas e analisam a sua atividade biológica contra os patogénios mais comuns, que podem ser bactérias, fungos ou outro tipo de microorganismos. Com os resultados destas análises já se pode ter uma ideia da direção que se deve seguir em estudos mais específicos. Esta prática, tão frequente entre os investigadores, culmina no desenvolvimento de muitos medicamentos baseados em substâncias naturais encontradas nas plantas, tanto é que se considera que mais de 70% dos fármacos hoje utilizados contêm princípios activos obtidos da separação e purificação ou derivatização de substâncias extraídas das plantas. Não devemos esquecer que, desde a sua origem, o ser humano utilizou as plantas como meio para tratar doenças e ainda se podem encontrar nas farmácias extratos de plantas utilizados com fins curativos na denominada de medicina natural.
Os compostos bioativos de plantas são substâncias produzidas pelas plantas que têm efeitos farmacológicos ou tóxicos nos animais e/ou nos seres humanos. Apesar destas propriedades, os ditos compostos ingeridos em altas doses também podem ter efeitos farmacológicos ou tóxicos adversos. Os compostos bioativos típicos das plantas são produzidos como metabolitos secundários. Os metabolitos secundários são obtidos pelas plantas, para além dos sintetizados, por vias biossintéticas e metabólicas primárias, que são aquelas a partir das quais se obtém os compostos encarregados do crescimento e desenvolvimento dos mesmos, tais como hidratos de carbono, aminoácidos, proteínas e lípidos. Estes metabolitos não são indispensáveis para a vida da planta, mas também não são substâncias inúteis. Vários participam em funções importantes, por exemplo os flavonóides podem proteger contra os radicais livres produzidos durante a fotosintese; os terpenóides podem atrair os polinizadores ou dispersores de sementes; os alcalóides geralmente protegem a plantados animais herbívoros ou dos ataques de insetos. Para além destes grupos de compostos bioativos, existem também outros como os glicosídios, as resinas, os lignanos e algumas proteínas e péptidos.
Neste artigo iremos focar nos flavonóides, que são produtos naturais encontrados numa ampla variedade de plantas. Os flavonóides, em geral, são sintetizados a partir da fenilalanina, mas estruturalmente podem diferir bastante e participar em numerosos tipos de reacções. Quando se encontram na forma de polímeros são denominados taninos. A sua principal função nas plantas é de protecção contra radicais livres, como já mencionado anteriormente. Por esta razão os flavonóides são estudados fundamentalmente pelas suas propriedades como antioxidantes.
A Wako oferece os melhores reagentes para laboratório e flavonóides que têm propriedades antioxidantes para serem utilizados em diversas investigações:
• A crisina, substância encontrada na pele de muitas frutas.
• A cianidina, que é uma antocianina presente nas uvas e outros frutos vermelhos.
• A miricetina, também encontrada em algumas frutas e no chá e no vinho.
• A (-)-catequina, (-)-galocatequina, (-)-epicatequina e outras catequinas que além do seu efeito antioxidante são estudadas como inibidores da concentração de colesterol no sangue.
• A genistina, a gliciteina y a glicitina, assim como alguns derivados destas, que são isoflavonas que também apresentam atividade anticancerígena e ajudam na prevenção da osteoporose.
A 5,7-dihidroxiflavona e a trihidroxiflavona apigenina são outros dos flavonóides que podem encontrar-se nos catálogos da Wako. A apigenina é capaz de inibir a MAP cinase, que participa na tradução de sinais. Também foram investigados outros flavonóides para tratar a Diabetes, cancro e muitas mais doenças, pelo que se obterá no futuro resultados das investigações com esta ampla família de compostos.
1) Cragg GM, Nexman DJ., Cancer Investig 1999;17(2):153-63.
2) Gómez Camaño, J. L., Páginas de historia de la Farmacia. Soc. Nestlé, AEPA, Madrid, 1990, 29-229.
3) A. Douglas Kinghorn, Journal of Natural Products 1987 50 (6), 1009-1024
4) RJ Nijveldt, et al., Am J Clin Nutr. 2001, 74(4), 418-25.
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