De acordo com a norma ISO 5492:2008, o odor é uma sensação percebida pelo órgão olfativo ao inalar certas substâncias voláteis. Tais substâncias podem ser compostos orgânicos voláteis ou pequenas moléculas inorgânicas, incluindo enxofre ou nitrogênio. Exemplos incluem aldeídos, aminas, carbonatos, ésteres, sulfetos, dissulfetos, mercaptanos e heterociclos nitrogenados.
Um odor forte ou desagradável pode ter um impacto negativo na qualidade de vida das pessoas, o que levou à definição de odores desagradáveis como poluentes ambientais. Isso levou ao desenvolvimento de várias técnicas que permitem que os odores sejam medidos qualitativa e quantitativamente.
A olfatometria dinâmica é um método sensorial que mede a resposta de um grupo de avaliadores a um estímulo olfativo. Este método é padronizado e baseia-se no uso de um olfatômetro, um aparelho que envia uma quantidade precisa da substância volátil misturada com ar neutro para os avaliadores.
A concentração da substância odorífera aumenta até que o odor seja percebido. O resultado será a concentração de odor (Cod) em unidades de odor por metro cúbico (ou/m3). Esses dados nos indicam quantas vezes a amostra teve que ser diluída com ar neutro até se tornar indetectável. Este estudo deve ser conduzido em um laboratório com temperatura controlada, confortável e à prova de som que garanta o comportamento adequado dos avaliadores.
A principal desvantagem da olfatometria dinâmica é que é apenas um método qualitativo. Sua reprodutibilidade é baixa em comparação com um método analítico, pois depende de uma percepção humana subjetiva, mas pode ser melhorada quando o painel avaliador é composto por pessoal qualificado. A percepção também pode ser influenciada por fatores psicológicos. Da mesma forma, não é aplicável em concentrações muito baixas.
Os testes de olfatometria são utilizados em diferentes contextos. Por um lado, servem na medição da qualidade do ar em casos de poluição, devendo ser considerados no planejamento urbano. Por outro lado, testes sensoriais são usados em produtos alimentícios tanto para medir sua aceitação na fase de desenvolvimento do produto quanto para monitorar sua qualidade.
Isso nos leva à necessidade de um teste para avaliar a capacidade olfativa de potenciais avaliadores. Na Fujifilm Wako, temos um teste olfativo desenvolvido sob a supervisão técnica do AIST (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão).
Open Essence (294-67501) é um método para identificação de odores desenvolvido considerando a cultura japonesa. Consiste em 12 cartões selados, cada um contendo uma substância de teste microencapsulada e seis opções para reconhecimento de odores. Os participantes de estudos que usaram esse teste relataram satisfação com a facilidade de resposta ao poder escolher entre várias opções. Da mesma forma, este teste não requer ventilação especial para eliminar o fator de contaminação ambiental porque o método de microencapsulação limita a difusão do odor.
O kit Open Essence tem sido utilizado por neurologistas e otorrinolaringologistas no diagnóstico da disfunção olfativa. Por exemplo, esteve envolvido em um estudo prospectivo de três anos para avaliar a disfunção olfativa como auxiliar precoce no diagnóstico da doença de Parkinson; bem como em um estudo de disfunções olfativas de longo prazo como consequência de infecções por COVID-19, entre outros. Para mais informações, entre em contato conosco.
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Conti, C., Guarino, M., & Bacenetti, J. (2020). Measurements techniques and models to assess odor annoyance: A review. Environment international, 134, 105261.
Fujio, H., Inokuchi, G., Kuroki, S., Tatehara, S., Katsunuma, S., Kowa, H., & Nibu, K. I. (2020). Three-year prospective study on olfaction of patients with Parkinson’s disease. Auris Nasus Larynx, 47(5), 899-904.
Miwa, T., Mori, E., Sekine, R., Kimura, Y., Kobayashi, M., Shiga, H., ... & Yokoyama, A. (2023). Olfactory and taste dysfunctions caused by COVID-19: a nationwide study. Rhinology, 61(6), 0-0.
Okutani, F., Hirose, K., Kobayashi, T., Kaba, H., & Hyodo, M. (2013). Evaluation of “Open Essence” odor-identification test card by application to healthy volunteers. Auris Nasus Larynx, 40(1), 76-80.