Os Kits ELISA são utilizados para determinar a concentração dos principais biomarcadores associados à doença de Alzheimer no fluído cerebroespinhal. Os kits ELISA permitem quantificar o peptídeo b-amiloide e a fosforilação e agregação da proteína Tau.
Os Kits ELISA como método de rotina para a quantificação de biomoléculas: Os kits ELISA (ensaio de imunoabsorção ligado à enzima) são um método rápido e eficiente de determinar as moléculas através do uso de anticorpos. Como sinal analítico se obtém uma mudança de cor na placa indicativa da presença da molécula em estudo. Este método pode ser usado de forma qualitativa ou quantitativa. Para a análise quantitativa determina-se a densidade óptica na placa de ELISA mediante espectrofotometria e se compara com uma curva padrão. Esta técnica se baseia na interação antígeno-anticorpo.
Existem quatro tipos de kits para testes ELISA, de acordo como são preparadas as placas para análise da substância. Eles podem ser: ELISA direto, indireto, tipo sanduíche e ELISA competitivo.
Numerosos estudos científicos demonstram que o estresse oxidativo provoca o aparecimento de doenças neurodegenerativas. Descobriu-se que o dano oxidativo do DNA mitocondrial contribui para a neurodegeneração nos pacientes de Alzheimer.
O acúmulo da proteína Tau é o fator responsável pela formação de emaranhados neurofibrilares que foram descritos pela primeira vez por Alois Alzheimer como característica desta doença. A hiperfosforilação da proteína Tau faz com que esta se acumule em forma de emaranhados de filamentos helicoidais pareados, um agregado patológico extremamente insolúvel que é característico das tautopatias. Uma das seis isoformas da proteína Tau hiperfosforilada é a mais comum na doença de Alzheimer e permite diferenciar esta de outras doenças neurodegenerativas.
Os efeitos do estresse oxidativo provocam modificações da proteína Tau, como acontece com a hiperfosforilação e favorecem a agregação da mesma.
As mutações na APP (proteína precursora de amiloide) foram a primeira causa genética descrita na DA. Uma das características histopatológicas da DA é a formação de placas senis (depósitos extracelulares de neurônios em degeneração). As placas senis são constituídas fundamentalmente pelo peptídeo β-amiloide (Aβ40 ou Aβ42). A isoforma Aβ42 desse peptídeo é a mais fibrilogênica e é produzida pela ancoragem da APP no retículo endoplasmático.
Embora a forma Aβ40 seja mais comum, observou-se que em pacientes com Alzheimer a quantidade relativa de Aβ42 produzida é maior. Por estas razões, a Aβ42 é um dos alvos terapêuticos para tratar a DA e um dos biomarcadores mais importantes para detectar esta doença.
A técnica de ELISA é utilizada rotineiramente para a pesquisa in vitro e in vivo das biomoléculas relacionadas com a DA. Tanto para determinar os níveis de APP e de outras proteínas relacionadas com a doença, como para compreender as bases genéticas deste distúrbio.
Atualmente existem Kits ELISA que permitem quantificar a proteína Tau e o peptídeo β-amiloide no líquido cerebroespinhal. Os Kits INNOTEST® ß- AMYLOID (1-42), INeNOTEST® hTAU Ag e o INNOTEST® PHOSPHO-TAU (181P) são ensaios ELISA para peptídeo β-amiloide, a proteína Tau total e a Tau fosforilada respectivamente, que auxiliam no diagnóstico da DA e na diferenciação entre outras demências. Estes ensaios podem ser realizados em qualquer laboratório clínico especializado e sem medo de que o tratamento com remédios como o solanezumab, utilizado para DA, possa interferir nos resultados.
Os kits permitem que haja avanços no diagnóstico da DA, o que é necessário para poder fazer uso das inúmeras terapias que os cientistas estão desenvolvendo atualmente para o tratamento desta doença. O melhor kit para a diferenciação de DA de outras demências, como a com corpos de Lewy é o teste para proteína Tau fosforilada.
Estes kits ELISA utilizados na detecção de biomarcadores para a DA se baseiam na técnica ''sanduíche''. Este tipo de ensaio é baseado no uso de um primeiro anticorpo contra-antígeno que reconhece o antígeno e o retém, e neste anticorpo são bloqueados todos os locais de união não específicos. Depois disso, ele se une a um segundo anticorpo específico para o antígeno que o deixa em forma de sanduíche. Neste segundo anticorpo, geralmente a enzima que se usa na detecção já está ancorada.
Leptina de camundongo | Peptídeo C de camundongo | Kit de teste Elisa -GLP-2 |