Avanços na pesquisa do câncer

Avanços na pesquisa do câncerMundialmente, o câncer é uma das doenças com maior incidência. Muitas pesquisas são feitas para compreender os mecanismos envolvidos em seu aparecimento e desenvolvimento.

Atualmente, já existem medicamentos que controlam, e até mesmo chegam a curar o câncer.

O câncer como um desafio para os cientistas há décadas

O câncer é um processo bastante complexo, caracterizado pela proliferação das células que conseguem escapar dos diversos mecanismos supressores do crescimento celular. Estas células apresentam um comportamento incomum em relação à apoptose, que depende do nível de desenvolvimento em que se encontra o tumor, nos casos em que já estão formados. As células tumorais, além disso, têm um potencial de multiplicação ilimitado, induzem à angiogênese (formação de vasos sanguíneos, a partir dos já existentes), à invasão e à metástase.

Além disso, cada tipo de tumor, em seus diferentes estágios de crescimento, promove mecanismos que permitem que ele sobreviva, prolifere-se e se dissemine. Estes mecanismos se baseiam principalmente em mudanças aleatórias que incluem reorganizações cromossômicas. Os processos inflamatórios e as lesões malignas também podem contribuir para o desenvolvimento de um tumor maligno.

Junto a essas características que auxiliam na compreensão da doença, já conhecidas há anos, recentemente descreveram-se outras que ajudam à compreensão da doença: as células cancerígenas também são capazes de reprogramar o metabolismo energético para crescerem e se proliferarem. Os estudos produziram evidências do papel do sistema imune na sobrevivência e erradicação dos tumores não virais, mudando o critério de que os tumores possam desativar componentes do sistema imune e com ele sobreviver e manter o seu crescimento. Os mecanismos subjacentes nesta relação são mais complexos e seguem sendo objeto de estudo, porém, existem evidências que induzem a fazer uma análise de cada tumor pelo comportamento específico das células que o formam e seu microambiente.

Causas possíveis do desenvolvimento de um câncer

As pesquisas sobre o câncer mostram que existem tantos fatores externos, como internos que podem desencadear a doença. Considera-se que somente entre 5 e 10 % dos casos de câncer aconteçam por defeitos genéticos hereditários. Nestes casos, ele é transmitido de pai para filho um ou por vários genes que apresentam mutação, o que torna mais provável que a doença cancerígena se desenvolva.

Os fatores externos, conhecidos com agentes cancerígenos, são de natureza variável e incluem desde hábitos que podem ser modificados, agentes químicos e físicos os quais as pessoas podem estar expostas durante a vida, até agentes infecciosos, como o vírus do papiloma humano e o da hepatite B.

Alvos terapêuticos para o tratamento e prevenção do câncer

Conhecendo os mecanismos através dos quais os tumores podem crescer, desenvolvem-se terapias para inibir sua progressão e, se possível, sua eliminação. Estas terapias são baseadas no uso de inibidores de diferentes processos: da glicose aeróbica, com o objetivo de impedir o crescimento e a proliferação de células cancerígenas; da telomerase, que é uma enzima transcriptase com ARN próprio, envolvido nos processos de imortalidade celular; da PARP (poli ADP-ribose polimerase), proteína nuclear envolvida em processos inflamatórios; dos sinais do fator de crescimento endoteliano vascular da angiogênese; do proto-oncogene MET que codifica a proteína conhecida como fator de crescimento hepatocitário (HGF/c-Met), entre outros.

Até o século passado, o câncer era descrito como a doença provocada por uma série progressiva de mutações genéticas, nos genes supressores de tumores e oncogenes, e por defeitos cromossômicos. Em 2006 foi publicado um estudo que demonstra que as alterações epigenéticas têm um papel determinante na formação e no progresso de um tumor, assim, os reguladores da cromatina passaram a ser alvos terapêuticos muito importantes no estudo do câncer.

Na década de 90 foram publicados alguns trabalhos sobre o efeito das vitaminas e minerais na prevenção do câncer. Pesquisas mais recentes não conseguiram encontrar nenhuma correlação entre a ingestão de suplementos vitamínicos e minerais e a prevenção do câncer.

Demonstrou-se que alguns medicamentos podem prevenir a aparição de tumores malignos, como é o caso dos inibidores das 5-alfa reductases que previnem o câncer de próstata. O efeito preventivo de anti-inflamatórios não esteroides e drogas que ativam o sistema imune continuam sob estudo.

As drogas utilizadas no tratamento de tumores em seu início eram compostos sintéticos, citostáticos como a cisplatina e outros complexos metálicos análogos, a doxorrubicina, o 5-fluorouracil e o paclitaxel. Atualmente, se utilizam drogas de origem biológica como as citocinas e os anticorpos monoclonais. Propuseram-se diversos métodos para que a administração dos medicamentos tenha menos efeitos colaterais indesejados, entre esses métodos pode-se destacar a terapia fotodinâmica e a imobilização em nanopartículas.

REAGENTES PARA PESQUISA DO CÂNCER

Bambanker Agosterol A BES-H2O2-AC
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