As neurociências tratam de investigar todos os aspectos relacionados com a estrutura e as funções do cérebro, assim como de todo o sistema nervoso. Esta área da ciência é muito ampla, uma vez que engloba tanto os estudos biológicos, químicos, bioquímicos, comportamentais, de aprendizagem, como também outros estudos neurológicos comuns na prática clínica. De seguida explica-se a utilidade de nove produtos comercializados pela empresa Wako que fabrica e distribui reagentes químicos utilizados em investigação e ensaios clínicos de neurociencias.
A amoxapina é um antidepressivo de espectro alargado que tem afinidade por receptores serotoninérgicos e alfa-adrenérgicos. Estruturalmente é análoga a outras dibenzooxazepinas e é, portanto, catalogada como um antidepressivo tricíclico, apesar de possuir um quarto anel de piperazina. O seu mecanismo de acção foi investigado em pacientes com esquizofrenia, podendo originar tanto respostas positivas como negativas. Também se afirmou no tratamento de doentes com Parkinson e outras patologias depressivas, sendo uma das suas principais vantagens a rapidez com que actua uma vez iniciado o tratamento.
É com o nome de mirtazapina que se conhece a 1,2,3,4,10,14b-hexahidro-2-metilpirazina [2,1-a] pirido-[2,3-c] [2] benzazepina. Esta sustancia apresenta um perfil farmacológico complexo e, apesar de estar aprovada há mais de vinte anos para o tratamento da depressão, recentemente publicaram-se trabalhos que demonstram que ainda não se conhecem por inteiro todos os receptores e de que maneira actua o fármaco. Esta molécula pode ser utilizada para o tratamento das dependências e patologias causadas pelo consumo de substâncias psicoestimulantes.
Este antidepressivo tetracíclico, que é comercializado como hidrocloreto de mianserina, tem diversos efeitos sobre o sistema nervoso. Apresenta efeitos ansiolítico, hipnótico, antihistamínico, entre outros. As investigações actualmente conduzidas com esta molécula centram-se, maioritariamente na comparação do seu mecanismo de acção com o da mirtazapina e na busca de substâncias análogas que possam ser utilizadas para o tratamento de doenças neurológicas. Desde a descoberta da mirtazapina, a mianserina deixou de ser prescrita como fármaco porque tem maior número de efeitos secundários.
A duloxetina inibe a recaptação de serotonina e noradrenalina, pelo que apresenta maior espectro de acção do que outras moléculas que actuam como inibidoras exclusivas da recaptação da serotonina. Esta substância é utilizada como fármaco fundamentalmente para o tratamento de dores e da depressão.
Este reagente comercializado pela Wako sob a forma de hidrocloreto de bupropion é uma fenetilamina. À semelhança de outras substâncias que integram a família das anfetaminas, nomeadamente muitas drogas recreativas, tem efeitos neurológicos importantes, actuando como inibidor da recaptação de catecolaminas. Como medicamento é utilizado para o tratamento da depressão e também em pessoas que desejam deixar hábitos tabágicos. Este fármaco não é recomendado para tratar a depressão em doentes com epilepsia.
A trazodona é o nome do fármaco cujo princípio activo é 2-(3-[4-(3-clorofenil)piperazin-1-il]propil)-[1,2,4]triazolo[4,3-a]piridin-3(2H)-ona. É um antidepressivo da família das triazolopiridinas. O hidrocloreto de trazodona que a Wako comercializa pode ser utilizado para análise HPLC.
O JWH-015 é um agonista selectivo dos receptores canabinóides CB2. Estes receptores, distribuídos por todo o organismo, têm papéis fundamentais no humor, apetite, memória, analgesia e na imunidade dos indivíduos. São os receptores alvo das substâncias psicoactivas mais populares como a marijuana e o hashish. O JWH015 (1-propil-2-metil-3- (1-naftolil) indol) é um dos agonistas de eleição para os investigadores que pretendem realizar estudos com os receptores CB2, apesar de investigações recentes demonstrarem que também actua como agonista de receptores CB1. O JWH015 também está a ser investigado para ser utilizado como fármaco no tratamento de processos inflamatórios e para tratar alguns tipos de dor.
A clomipramina, comercializada sob a forma de hidrocloreto, é uma dibenzoazepina com o nitrogénio substituído por uma cadeia alquílica com uma amina terciária terminal. Esta molécula, pertencente à família dos antidepressivos tricíclicos, é um fármaco utilizado há várias décadas. Não obstante, o seu papel no desenvolvimento celular e os diferentes efeitos adversos que por vezes surgem após os tratamentos continuam a ser investigados. Como exemplo pode-se mencionar o estudo conduzido para investigar o risco de teratogenicidade que implica o consumo de clomipramina juntamente com a cafeína para o feto.
O ácido rosmarínico extrai-se de diversas plantas da família das lamiáceas (alecrim, hortelã, orégano, sálvia) e pode ser utilizado como antidepressivo e antioxidante. É um bloqueador natural da cinase oncogénica PAK1, que é responsável por processos malignos que ocorrem no organismo e também está envolvida em processos inflamatórios, infecciosos e neurológicos. Esta substância pode ser utilizada em investigações relacionadas com o Alzheimer, a neurofibromatose, a esclerose, a depressão, o défice de atenção e outras patologias neurológicas em que participa a PAK1.
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