Atualmente, a extração de DNA é uma técnica comum, devido à sua ampla utilização. É necessário se extrair o DNA para o diagnóstico de doenças, pesquisas paleontológicas, detecção de vírus e bactérias, e também para processos penais.
Os grandes avanços no campo da genética impuseram a necessidade de se desenvolver kits cada vez mais específicos para a extração de DNA, em inúmeros substratos. As funções de alguns destes kits, comercializados pela Wako, são descritos a seguir.
Este kit se baseia no uso do método de iodeto de sódio para extrair DNA, tanto em soro como em biofármacos. Seu uso substitui o procedimento tradicional PK-SDS (digestão da mostra com protease K e uso de dodecil sulfato de sódio com detergente aniônico para solubilizar os restos celulares) para isolar o DNA das amostras líquidas; evitando o uso de solventes orgânicos tóxicos como o fenol e o clorofórmio.
O kit de extração de DNA pelo método de iodeto de sódio permite que a extração se realize em um tubo de microcentrifugação. Neste caso, o iodeto de sódio é o agente caotrópico e o N-lauril sarcosinato de sódio é o detergente aniônico, usado para solubilizar as proteínas e os lipídios contidos nas amostras biológicas. Como solvente orgânico é utilizado para a precipitação o isopropanol.
É um teste concebido para a extração de DNA ligeiramente danificado, que pode ser utilizado, tanto em tecidos, como em culturas celulares. A sigla TIS no nome do kit é proveniente de tissue (tecido, em inglês). Este teste está baseado no método de iodeto de sódio e é útil para a detecção e determinação de 8-hidroxi-2'-desoxiguanosina (8-OHdG), que por ser um dos radicais livres predominantes na indução de lesões oxidativas é utilizado como biomarcador do estresse oxidativo e da carcinogênese. O 8-OHdG obtido com o uso deste kit pode ser quantificado mediante HPLC ou utilizando um teste ELISA, depois de realizar a digestão enzimática da amostra e, dessa forma, obter nucleosídeos puros. Este kit pode ser usado para a extração de DNA de tecido parenquimatoso humano e animal. Uma vantagem em relação à sua utilização é que se evita que o DNA extraído continue oxidando por conter um inibidor do processo de oxidação.
Com este kit para a extração de DNA SP pode-se extrair o DNA livre de soro e plasma sanguíneo, daí a sigla SP. Este kit também utiliza o método de extração com iodeto de sódio. Sua principal vantagem é que se pode extrair praticamente 100% do DNA contido em uma pequena amostra de soro ou plasma. Este kit é destinado para suprir a necessidade de detectar os genes específicos de tumores de pulmão, de mama e de cólon, em amostras de soro e plasma, em pacientes afetados por estas doenças.
O kit PS, cujo nome é proveniente de paraffin-embedded tissue section, permite isolar o DNA em amostras de seções de tecidos embebidos ou incrustados em parafina. O DNA isolado pode ser utilizado posteriormente para análise genética e para estudos epidemiológicos, em combinação com técnicas de amplificação de DNA. Este kit substitui o procedimento de parafinização e desproteinização das peças de tecidos fixadas, que implicam na utilização de técnicas muito rigorosas e demoradas. Seu uso permite isolar, em um período curto de tempo e através de um método sensível, em um só tubo, o DNA de cortes de tecido embebidos em parafina, sem usar solventes orgânicos tóxicos.
Este kit de extração de DNA genômico é projetado para extrair o DNA de amostras de sangue total, daí a sigla de seu nome WB (whole blood, em inglês).
Além disso, pode ser utilizado com tecidos e culturas celulares. Em amostras de sangue se extrai tanto o DNA genômico, como o de grau baixo de oxidação.
A extração se realiza através do método de iodeto de sódio descrito anteriormente. Com este kit, se consegue isolar a fração nuclear, utilizando um surfactante que não seja aniônico; a liberação se realiza com protease e o DNA resultante se extrai com o iodeto de sódio.
O nome deste kit é proveniente da sigla forensic medicine FM, já que sua principal utilização é a obtenção de DNA em amostras de medicina forense. As amostras de DNA são um fator-chave na medicina forense para a solução de casos legais, seja a identificação de corpos em maior ou menor grau de decomposição, ou a comprovação da presença de pessoas em um local determinado a partir de rastros biológicos, entre outros.
Os especialistas que desenvolvem a análise do perfil de DNA ou a impressão digital genética se deparam com inúmeras dificuldades: as amostras de DNA recolhidas podem estar parcialmente hidrolisadas ou terem passado por um processo de dano oxidativo, o DNA contido nas amostras pode ser muito escasso e as amostras geralmente contêm inibidores biológicos de natureza orgânica que interferem na determinação do DNA quando ele é extraído pelos métodos convencionais. Por todas essas razões, é muito importante poder contar com métodos que ajudem a obter DNA das diversas amostras com que se trabalha em medicina forense, com a menor perda possível.
O kit de extração de DNA FM Wako é uma ferramenta muito útil nas investigações forenses, e permite a determinação em um único tubo, evitando perdas por manipulação de DNA e possibilita que se possam dissolver as amostras em um período curto, sem utilizar solventes tóxicos. Ao se utilizar o método de iodeto de sódio para a extração de DNA se consegue purificar com um alto rendimento de recuperação. Além disso, com este kit se pode realizar a amplificação de DNA mediante a reação em cadeia com a polimerase proporcionando uma forma de desenvolver a análise quando existe escassez de DNA.
Kit para extração de DNA | Kit de extração de DNA SP | Kit para extração de DNA TIS |