As pesquisas em ciência forense cobrem tudo que está relacionado aos estudos que são feitos em um corpo sem vida. São muitos os dados que os cientistas podem obter a partir de um corpo morto, tanto os que se referem as causas da norte, como de doenças e outros dados úteis para as autoridades da justiça.
Entre os reagentes que a Wako comercializa que são úteis para pesquisas patológicas ou de ciência forense se encontram estes 10 que descrevemos neste artigo.
O buffer de formalina é um agente utilizado para a fixação de tecidos. Como fixação, se entende o processo de manter um tecido intacto, para que quando seja observado pelo microscópio, mantenha todas as suas características, as mesmas que se obtém de um organismo vivo, ou morto. Usando esta solução de formalina se consegue estabilizar os principais conteúdos proteicos do tecido e assim retardar a autólise e minimizar a degeneração e a deformação dos componentes do tecido devido aos processos químicos e ao aquecimento a que se submete para prepará-lo para seu estudo.
Wako dispõe de solução neutra de formalina em buffer de fosfato de sódio a 10, 15 e 20% usada muito comumente para fixar os tecidos que serão observados por microscópio eletrônico. O buffer de fosfato permite manter o pH da solução em torno de 7,4. Alguns exemplos em que a solução de formalina pode ser usada são: a detecção histoquímica de enzimas, hemoglobinas e outras moléculas; a fixação de componentes dos tecidos que não se consegue fixar com a formalina comum são os mucopolissacarídeos e os glicogênios.
Para se preparar as amostras de tecidos que são usadas em ciência forense há vários passos a serem seguido, um deles é desidratar o tecido para poder proceder sua parafinização posteriormente. O solvente mais utilizado para desidratar tecidos sempre foi o etanol, mas devido às altas de preços em algumas épocas para tentar proibir seu consumo recreativo, foram investigadas alternativas para se usar com esta finalidade.
A solução para a desidratação de tecidos que a Wako comercializa (Tissue Dehydration Solution 99 e Tissue Dehydration Solution 100) não é nada mais do que o etanol desnaturado com conteúdo muito baixo de água. O álcool desnaturado é mais barato que o comum e com a finalidade de ser usado em pesquisas forenses atua com a mesma eficácia do etanol para a desidratação de tecidos, já que contém muito pouca água, pois se o tecido está úmido impede que penetre a parafina em que é embebido posteriormente.
El™ é um novo tipo de tipo de amaciador que combina as vantagens da solução de Plank-Rychlo e dos métodos que usam agentes quelantes. A descalcificação das amostras usadas em ciência forense é realizada para facilitar o tratamento de tecidos duros como pode ser o dos ossos. O agente descalcificante deve agir rapidamente, deve ser fácil de ser usado e não deve causar danos nos tecidos como pode ser a expansão, contração ou dissolução dos mesmos. O Kalkitox cumpre com todos estes requisitos como agente descalcificante e também permite que se possa desenvolver a neutralização simultaneamente, utiliza-se a baixas temperaturas (normalmente se recomenda que as amostras sejam refrigeradas durante o processo) e favorece a imunocoloração. Este reagente é composto principalmente por ácido clorídrico e EDTA.
Na preparação dos tecidos para pesquisas forenses é feita sua desidratação, antes da parafinização, como já comentamos anteriormente. Mas o álcool usado na desidratação e a parafina não se misturam bem, de modo que o álcool é substituído por um reagente chamado intermediário ou reagente de substituição. O Lemosol® é um intermediário que tem entre seus componentes D-(+)-limoneno, uma substância extraída da casca da laranja, que proporciona um cheiro muito agradável.
O solvente mais usado como intermediário é o xileno, mas este composto tem as desvantagens de que é tóxico, muito volátil e tem m cheiro bastante desagradável, então usar o Lemosol também tem como vantagem substituir o xileno ou o clorofórmio que também é compatível como reagente de substituição.
A solução de Mayer de hematoxilina é a mais utilizada para a coloração de tecidos fazendo uso deste colorante. Com o método de coloração conhecido como Hematoxilina-Eosina (HE) consegue-se que o núcleo da célula fique azul e o citoplasma de vermelho.
A toluidina azul também é usada para a coloração de tecidos. Na Wako se encontra disponível reagentes para laboratório como a toluidina azul em soluções de pH 2.5, 4.1 e 7. Com este colorante pode-se fazer a coloração de mucopolissacarídeos acídicos presentes em tecidos conectivos como o ácido halurônico ou o sulfato de mucoitina presente nas cartilagens.
O Immunopen é um lápis que contém um reagente útil para que se possa usar em imunocoloração. É projetado para induzir reações imunológicas e evita o desperdício de anti-soros produzidos com outras técnicas de imunocoloração. Para usar este lápis para coloração se deve lavar antes o local onde será aplicado com água e não fazer processos que utilizem acetona, pois ela dissolve o reagente. Fazendo um círculo com o Immunopen em redor da seção onde será feito o procedimento este age como uma barreira impedindo o uso desnecessário de corantes utilizados para a imunocoloração.
O kit de reagentes para a detecção da apoptose da Wako baseia seu funcionamento na técnica de TUNEL para detectar as células apoptóticas. Pode ser usado em tecidos embebidos em parafina. Os reagentes já vêm prontos para seu uso e é fácil de utilizar.
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O Immunosaver é um reagente utilizado para recuperar a atividade antigênica que se encontra mascarada nos tecidos fixados com formalina. Nos tecidos fixados, as proteínas se unem mediante pontes metilênicas que impedem o acesso das moléculas aos locais ativos dos antígenos. A principal vantagem do Immunosaver que se pode utilizar com diferentes tipos de proteínas conseguindo recuperar a atividade como antígeno. Também é importante mencionar que depois do uso de Immunosaver se consegue maior eficiência na imunocolaração.
Este reagente é uma variante do meio de montagem convencional, com características lipofílicas, porém que não contém xileno. O Softmount pode ser diluído com Lemosol para trabalhar com a viscosidade que o pesquisador precise. O Softmount além de reduzir a toxicidade comparada com outros meios de montagem que contêm xileno, seca rapidamente, contém um antioxidante e um reagente que absorve as radiações ultravioletas para prevenir a deterioração das amostras e oferece maior transparência que outros meios.
1) Charles L. Winek, Naunihal R. Zaveri, Wagdy W. Wahba, Forensic Science International, 61, 2 175-183, 1993.
2) Jiang, S., et al., Nucl Recept. 1, 5, 2003.
3) Y Hayashi, M Murakami, R Kawamura, R Ishizaka, O Fukuta, M Nakashima, Stem Cell Res Ther., 6(1), 111, 2015.
4) O'Neill, P., Nat. Commun., 3, 1041, 2012.
5) Ohira T, Ishikawa K., Ann Rheum Dis., 60(1), 80-82, 2001.
6) Doello K., Yale J Biol Med., 87(3), 341-347, 2014.
7) Nakayama,A., et al., Plant Physiology, 129, 3, 1045-1053, 2002.
8) Watanabe, T., Sakai, Y., Koga, D., Bochimoto, H., Hira, Y., Hosaka, M., Ushiki, T.. Journal of Histochemistry and Cytochemistry, 60(8), 588–602, 2012.
9) Schmal C, Myung J, Herzel H, Bordyugov G., Front Neurol. 16, 6, 159, 2015.
10) Masaru Ito, et al., Journal of Investigative Dermatology, 112, 796–801, 1999.
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